Todo derramamento de petróleo, independente das proporções, é considerado uma catástrofe ambiental. A substância se propaga rapidamente pela área afetada, formando uma mancha negra que contamina a água, o solo, o ar e compromete a vida de todas as espécies presentes naquele ecossistema.
ALGUNS DOS EFEITOS:
- A fauna e flora que entram em contato com o óleo são prejudicados instantaneamente e a longo prazo.
- As algas, os peixes, mamíferos e aves têm a sua sobrevivência ameaçada.
- A presença da substância afeta a fotossíntese das algas e reduz a quantidade de gases necessários para a vida delas.
- Os mamíferos, peixes e aves marinhas são intoxicados pela ingestão de hidrocarbonetos que estão presentes no petróleo
- Compromete o isolamento térmico destes animais e a capacidade de voar dos pássaros.
Pela segunda vez em dois anos, um derramamento de óleo ocorreu na amazônia equatoriana às margens do rio Coca. Ainda sofrendo os impactos do derramamento em 2020, os 27.000 indígenas da tribo Kichwa que vivem rio abaixo agora enfrentam outro desastre ambiental.
Depois que o juiz do tribunal de primeira instância rejeitou seu processo buscando justiça e medidas urgentes para evitar futuros vazamentos após o de abril de 2020, os Kichwa levaram seu caso ao mais alto tribunal do Equador. O processo ainda está pendente no Tribunal Constitucional.
No dia 28 de janeiro de 2022 o rompimento de um oleoduto pela erosão da região em plena Amazônia equatoriana provocou o vazamento de 6.300 barris de petróleo que contaminaram parte de uma reserva ambiental e as águas dos rios Coca e Napo, este último sendo afluente do rio Amazonas, deixando comunidades indígenas ribeirinhas sem acesso à água ou atividades de subsistência diária, como a pesca.
Esse oleoduto, que transporta cerca de 150 mil barris por dia, tem 485 quilômetros de extensão e transporta petróleo pesado dos campos de produção na Amazônia até o porto de exportação no Oceano Pacífico.
Na área do derramamento há uma erosão regressiva das encostas que circundam os rios Coca e Napo, o que causou a destruição em seis ocasiões dos dois maiores oleodutos do país. O ultimo rompimento ocorreu através da queda de uma rocha de dois metros em um dia de chuva forte e deixou centenas de comunidades indígenas sem água potável ou comida por vários dias na província de Napo, no Equador.
O Ministério do Meio Ambiente do Equador diz que há 21.000 metros quadrados afetados, dos quais 16.000 estão na área protegida do Parque Nacional Cayambe-Coca.
Greta na luta
A ativista Greta Thunberg se pronunciou na terça-feira passada, 1 de fevereiro, a respeito dos derramamentos de óleo registrados no Equador. A ambientalista sustenta que o oleoduto “nunca deveria ter existido” e que o Tribunal Constitucional deve garantir que os desastres ambientais não voltem a ocorrer no país andino.
Thunberg, através de suas redes sociais, compartilhou um vídeo mostrando o vazamento de óleo no setor Piedra Fina, que ela acompanhou com uma mensagem contra o extrativismo.
“No coração da Amazônia equatoriana, pela segunda vez em dois anos, o oleoduto OCP se rompeu, derramando petróleo bruto nos rios Coca e Napo. Para os 27.000 indígenas Kichwa que vivem rio abaixo, este é um pesadelo agravado”, escreveu a jovem sueca.
A ativista sustenta que o vazamento poderia ter sido evitado e que o gasoduto construído em meio aos frágeis ecossistemas amazônicos “nunca deveria ter existido”.
“O governo equatoriano fala em transição ecológica, mas prometeu dobrar a produção de petróleo do país. É hora de os governos tomarem medidas reais contra a crise climática e os desastres ambientais. Os slogans verdes não nos salvarão e não seremos enganados”, escreveu a ativista nas plataformas da Internet.
Para encerrar sua mensagem, Thunberg especificou que o Tribunal Constitucional tem um caso iniciado após o primeiro vazamento de OCP em 2020 pelas comunidades indígenas afetadas.
“É essencial que o Tribunal Constitucional resolva este caso com urgência para garantir que desastres ambientais como este não voltem a acontecer. Acesse o link no meu perfil e diga ao Tribunal equatoriano que os Kichwas e os amazônicos não podem mais esperar pela justiça!” – Greta Thunberg
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fonte: https://apnews.com/article/noticias-7470ebacc31e3e4ea8f7313c11b228b4
: https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/impactos-ambientais-vazamentos-petroleo/
:https://radioprotecaonapratica.com.br/vazamento-de-petroleo-em-plataforma-offshore/
:https://www.amazonfrontlines.org/extraction/oil_spill_ecuador/